que não seja efêmero apesar de sim, alastro sensibilidades.
sei da passagem de cada passagem.
eu lamento minha brecha preenchida de oco.
também anseio, e emagreço com o vento. ando correndo, deslizo mas freio.
também cismo a grandeza que seria a soma que seria a embarcada pro nada, embaraço. pro oceano composto por cada gota de chuva por cada unha mordida fixada entre os dentes que sangram e por cada palavra que por cada gesto e por cada osso.
contei grão por grão e ainda nada disse de mim, espero continuar sendo esse universo comum, mas obstruído em ser um.
as não idas, ou as idas interditas: a gente compartilhado ainda o é. o somos. os nadas. de novo nada me vem à boca: ele ama.
o paradoxo é que me sinto um peso, e completo. a distância me desespera. como pisar numa areia fria achando brasa que queima, o pé, o peito, as costas lambidas, arrepio que parte da coluna.
o paradoxo é que me sinto um peso, e completo. a distância me desespera. como pisar numa areia fria achando brasa que queima, o pé, o peito, as costas lambidas, arrepio que parte da coluna.
venho desde sempre tentando habitar, cômodo de cozinha, o quarto. do pelo, essa composição nua, amo a coragem e a maldade, a comunhão sacra, a doença e o corpo nu.
também ousaria não ver a quem, mas olho no fundo dos olhos que brilham quando contam de zero a lugar nenhum de números, de zero a nenhuma sequência ou de zero a esquina.
também ousaria não ver a quem, mas olho no fundo dos olhos que brilham quando contam de zero a lugar nenhum de números, de zero a nenhuma sequência ou de zero a esquina.
tudo uma corrida. que é.
também sou desarticulado. perdão.
nada a ver.
sou meio humano meio gente, meio dor e meio corpo.
também.
fera burra
na sacada, o dedo sujo de sangue no lençol.
também sou desarticulado. perdão.
nada a ver.
sou meio humano meio gente, meio dor e meio corpo.
também.
fera burra
na sacada, o dedo sujo de sangue no lençol.
por fim começo descendo a rua a vibração do asfalto e a roda adormecem os meus pés eu não queria correr, agora não sinto ou a língua é que vibra.