domingo, 28 de fevereiro de 2016

andar de skt na madruga em bh

também hesito. e me preocupo mesmo sabendo da leveza, ou quase ela que você me passa.
que não seja efêmero apesar de sim, alastro sensibilidades.
sei da passagem de cada passagem.
eu lamento minha brecha preenchida de oco.
também anseio, e emagreço com o vento. ando correndo, deslizo mas freio. 
também cismo a grandeza que seria a soma que seria a embarcada pro nada, embaraço. pro oceano composto por cada gota de chuva por cada unha mordida fixada entre os dentes que sangram e por cada palavra que por cada gesto e por cada osso.
contei grão por grão e ainda nada disse de mim, espero continuar sendo esse universo comum,  mas obstruído em ser um.
as não idas, ou as idas interditas: a gente compartilhado ainda o é. o somos. os nadas. de novo nada me vem à boca: ele ama.
o paradoxo é que me sinto um peso, e completo. a distância me desespera. como pisar numa areia fria achando brasa que queima, o pé, o peito, as costas lambidas, arrepio que parte da coluna. 
venho desde sempre tentando habitar, cômodo de cozinha, o quarto. do pelo, essa composição nua, amo a coragem e a maldade, a comunhão sacra, a doença e o corpo nu.
também ousaria não ver a quem, mas olho no fundo dos olhos que brilham quando contam de zero a lugar nenhum de números, de zero a nenhuma sequência ou de zero a esquina.
tudo uma corrida. que é.
também sou desarticulado. perdão.
nada a ver.
sou meio humano meio gente, meio dor e meio corpo.
também.
fera burra
na sacada, o dedo sujo de sangue no lençol.
por fim começo descendo a rua a vibração do asfalto e a roda adormecem os meus pés eu não queria correr, agora não sinto ou a língua é que vibra.