segunda-feira, 7 de novembro de 2011

diafragma, fôlego e palavra

uma barra de ferro, cujo peso, você não acredita
sendo empurrada, coloca exatamente sobre minha ferida
grafada de palavras, logo, conhecidas a tornar
de um peso silábico, hei sra. língua de me privar

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Aquela palavra

Se eu encontrasse uma palavra, palavra unica, porém transbordando de expressão.
Ousaria dizer por aí, arriscaria o mover da língua junto aos lábios, por vezes, a mesma palavra.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ao

Ao olhar úmido da moça
Que já não liga pra sua bolsa
A moça que clama ao tio algo do pai
E pensa que o mundo acaba no Paraguai

Ao pai da moça que tem medo
E ao seu pesar por não comprar o brinquedo
Lado vazio da cama, foi quando a mãe desacatou
O sexo frio, o desconhecido, onde tudo começou

A mãe, que pelas ruas sem direção
Um pedro, outro Paulo, momentânea solução
A aliança, penhor, destino na mente
Talvez sonho, desejo, família contente

sexta-feira, 17 de junho de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

É que:

Vou pedir para você me lembrar, de que tenho tanto para falar.
Vou pedir para não me deixar ou ficar somente a pensar.
Vou pedir para nunca mais voltar, ou seja, sempre ao seu lado ficar.
Vou pedir, vou implorar, quem sabe um dia eu chego lá.

É que quando estou ao seu lado, me falta tudo, até o ar.
E não consigo imaginar, projetar, gesticular e por que não, dançar.

Se a vida é feita de sons, se as buzinas são os tons e as palavras a canção
Se basta escutar, dar um passo e segurar a sua mão.
Por que então? Que medo bobo, menino tolo, meio bobão. 

Vou pedir para continuar a sonhar, não se atreva a acordar.
Vou pedir para fixar seu olhar, dentro do meu, sem me questionar.
Vou pedir para confiar, deitar e descansar.
Vou pedir para você, sem errar, sem errar

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estado

Meus braços estão inertes
E os sinto batendo em mim mesmo
Minhas mãos são grandes, os tapas machucam
Meu rosto agora vermelho, sinto vergonha

Meu peito, estranho como é, envolve meu coração
Que pulsa, contrai e dói
Ele pulsa a dor, pulsa o medo, pulsa para a mente
Se sou abraçado, nota-se tamanha batida

Meus olhos fartos de tanta incompreensão
Meus pés cansados por caminhar em vão
Minhas narinas ardem
Meus ouvidos
Corpo

quarta-feira, 9 de março de 2011

eu de vocês

Eu sempre acho das coisas
Eu sempre ignoro as pessoas
E sempre sinto falta de tudo

Eu quero meus amigos, aqueles que nunca tive
O que represento a vocês? Mas não, nem quero saber
Tenho medo de ouvir sobre mim

Deus, posso? ainda?