domingo, 3 de dezembro de 2023

se há ou houve uma linha que cruzei, desconheço 
esse limite e quem quer eu tenha visto ali,
mas é inevitável na pele, que sente a transição
e que não é capaz de saltar uma diferença.
tão imensa, sem que os pêlos se arrepiem
no horror que é ou que houve, ou que faz vazio 
do próprio frio. 

hoje confio, no aguardar.
talvez quem cruze e enxergue esse contorno, 
ou que saiba furar uma borda. 
alguém que houve 
ou que há de vir.