quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

eu nunca convivi com tanta água e tudo parece querer ruir a qualquer hora dessas.
ou invadido pelo mofo.
eu nunca convivi com tanta dor nas costas e pesos. eu odeio carregar mochila enquanto pedalo. 
eu odeio carregar objetos que não me pertencem, mas eu precisava. 
por que será que mais apareço enquanto queria o apagamento, não o meu por completo, claro, mas o da superfície daquilo que não é aparente. 
antes escrevia (quem?) num exercício desprendido, mas a vida foi distorcendo um lado essencial das coisas; e o olhar para o detalhe na imagem, as vezes, é ensaiado, sabe?
ou seja, não vou falar de outra forma mesmo que de outra forma, odeio a repetição, mas adoro uma pessoa de manias, e rituais. 


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

uma folha nao cai se nao foi autorizada a fazê-lo e é essa frase em desautoridade, e é mesmo um fluxo das negações e os drenos, o espremer ate se chegar naquilo que é a água de um corpo essencial. 
o corpo essencial então a matéria, organismo, contra vontade do resto de tudo: salta. 
e agora cada uma dessas falas que precisam tambem de dreno e nao vai sobrar nada, pois. 
e agora o sexo.
a autoridade que eu queria fazer derreter depois colher algumas partes para comer, diga-la se faríamos aqui resíduo ou medo. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

de se admirar os diversos usos e as palavras em cambios como perceber ou partir algo, hoje mesmo tenho os braços magoados com três pensos que vāo me arrancar alguns pelos mais tarde 

domingo, 7 de agosto de 2022

 pronto também quero dizer da escrita e ela é meio um furo na parte que nao cabe as palavras no entanto está viva e vai ganhando forma sabe se la como 

domingo, 24 de julho de 2022

 eu sou a indecisão desalinhada em completo estado de desequilíbrio uma vez que o lado de peso está para ambos e outra vez porque eu chamo de desequilíbrio uns pedaços de razões determinantes para a não escolha de qualquer que seja eu sei ninguém está a perceber

terça-feira, 14 de junho de 2022

me incomoda a incapacidade de medir a distância das coisas no corpo, se eu soubesse sentir a distância do corpo nas coisas, e da geografia e os territórios e as bordas e as margens. 

a água deste mar frio, seus olhos e a gente se desaproximando a cada passo em que dela me aproximo.

a margem das nuvens.

preparei minha comida e os sonhos, o calor das noites e minha janela é insegura. 

hoje as nuvens impedem o sol de me fazer triste mais um pouco, mas a expectativa, eu não quero falar inglês.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

 porque pra dar um passo exige um deslocamento

nascimento uma morte

se estou lá não posso mais ser aqui