a rajada de vento, sopra fria na noite e alcança a minha
face, penetra os tecidos de minhas roupas, contrasta meu corpo quente, dando-me
a sensação da pele em evidência. espero pela condução, no espaço que não é
novidade, mas, o que me excita o fluxo da imaginação é descobrir nas pessoas
que o frequentam, o inato viver subjetivo, o que sem dúvidas, o torna um lugar em constante transformação.
evitando a relação do lado esquerdo do meu corpo, com a
parede gelada de aço do objeto em movimento em que me encontro, percebo agora
nas iluminadas torres que compõem a cidade, tornando-a, a certa distância
visual, paisagem densa, abstrata. seria essa natureza* vertical o bucolismo dos
poetas contemporâneos?
temo continuar meus pensamentos, como o que me toma o
tempo.
temo o descontrole do fato, entregando-me ao ficcional momento.
percebendo, minha insatisfação crescente ao meu medo consciente.
interrompo-me
bruscamente.
denomino-me, desobediente.
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