quarta-feira, 30 de julho de 2014

aos criadores de imagens

e respirar naturalmente, um suspiro.
mas nele dói tanto quanto fosse,
um não sabemos definir.
definhar,
as imagens criadas me cerram ao meio, me distanciam cada vez mais do que preciso para viver, a completude. malditos criadores de imagens, malditos e suas sensibilidades. querem corroer o que me sobrou de vida? fome expressiva essa. grito, sussurro, preto e cor, é que explode em silêncio, o pior deus é o verdadeiro. o que invento é criado, é meu. não retoma o suspiro, por amor a deus nosso. fuja com seus tormentos que minha casa já está cheia e não tem lugar para grandezas miudezas pães e imagens. se tiver com palavras que venham, mas que façam habitação da explosiva vontade de dizê-las. malditos seus, sois. não me venham com sol que apaga, que desenha sem tinta. to pedindo é sopro, e alívio. to pedindo talvez você talvez talvez... quero de novo esse desdobrar, e articular junto o corpo. embora eu sinto as vezes que não. criadores de imagens, sumam da minha, apareçam nas imagens que pra sempre refletirão, e quantas vezes foram rebatidas, e retrocedidas e a real se misturou na efêmera que agora é idiota, nunca saberemos - só que a morte, que é o ápice da imagem, é gozada intimamente, sozinha.

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