domingo, 29 de maio de 2016

tempo outro esse nosso, brutalidade de segundos
novidade que transcorre:
horas de corredor, dor, coração empurrando o corpo.
mistérios reforçam, um enigma revelado
cadavérico e somos, esse escuro, 
ou esse negro num cômodo cintilante.

você sorri e encarna as vozes
os textos, os caninos dentes 
singelamente medonhos, brancos. 
uma pita. uma pitada de sal e açúcar. 
assim você traga, enquanto trago o pouco tempo 
ou o até desse roteiro.
uma hora e quinze, da tarde
assim, não o suficiente, os organismos 
levitam salas. 

e é você ainda, sorri, e arregala 
a vontade de continuar. 
pernas na rua, se roçam
e as imagens que criadas, num dia nublado sou 
acaso
um pouco de luz 
desperdiçada.
a vaziez que preenche
um outro sorriso.
o desligado, o esquecido
o que compõe
a
partir
da identidade, que voltei pra buscar.

Nenhum comentário: