sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ao

Ao olhar úmido da moça
Que já não liga pra sua bolsa
A moça que clama ao tio algo do pai
E pensa que o mundo acaba no Paraguai

Ao pai da moça que tem medo
E ao seu pesar por não comprar o brinquedo
Lado vazio da cama, foi quando a mãe desacatou
O sexo frio, o desconhecido, onde tudo começou

A mãe, que pelas ruas sem direção
Um pedro, outro Paulo, momentânea solução
A aliança, penhor, destino na mente
Talvez sonho, desejo, família contente

Um comentário:

Bruna disse...

Tive que ler duas vezes
muito lindo. Não sei ainda se consegui compreender tudo