terça-feira, 4 de novembro de 2014

loira seus cabelos

o retrato três por quatro é ridículo de tanta mudez, assombroso nas semelhanças e diferenças que são mais que semelhanças. o retrato que achei, uma loira cacheada, mais parecia qualquer um do que quem...
joguei com a diferenciações, com os claros e sem luzes. cada vez apareceu um pouco mais dela lá, cada vez mais ela foi se sentindo atraída, vez sugada, camuflada no seu ritual novo, vez limpa, vez suja. vez só cara dela.
um rosto flexível, sim não talvez. mas afinado ou espremido de cima. aguentando consigo uma duas três quatro cinco seis ou nenhuma marca desdobrável. era marca mesmo que passava por dentro da pele, era marca que você percebia de ver os olhos, brilhando mais aqui, outra vez menos. tem dia de olho seco, tem dia que é comum mesmo ele sendo olho e só. mas já em outros momentos por aí, eu soube, que o olho sarapintava, de galho em galho e suava feito copo com bebida quente.
aí pronto, me veio na cabeça de novo essa ideia do por baixo da pele, ainda que sei que nada assim figurativo vai me pintar um quadro novo só de olhar pro rosto dela sem pele, e mais que isso, a parte ainda mais de dentro, depois da veia, da carne, do aço da massa, e a massa e a massa cerebral, isso tudo só e estranhíssimo que penso que também sou assim ai é a hora de ter medinho bobo. volto aqui: não tem poesia dentro dela que é assim notadamente colorida e esguichando, sabe? eu juro que eu acreditei que nem vocês aí que é só perfurar ou recortar que eu ia ter mais contato.
vou fingir que to rindo de mim, é que não estou achando engraçado não, já que to falando uma coisa que já sabia - essa de que reafirmar é pressuposto de repensar a sentença.
perdoa, pequena medida retr(atual), estou te deixando no plano dois do fluxo todo.
que dois que nada, sabemos bem que sem esse achado eu nada lhe pediria nem ousaria te contextualizar tanto. agora me culpando aqui: joguei você demais da conta,
irreversível!
assim como o segundo um e o segundo dois o segundo três o segundo quatro (continua).
sem volta porque te abri toda, restaurar sem chances, tem parte que se isolou sozinha e pedaços outros que nem seu são - rindo de terror.
te abri tanto, aí to vendo que é sobre isso mesmo que ouvi de uma pessoa (nem legal nem especial só pessoa) - "não fecha não que fica bem comodado!" ô c faz sentido, faz faz faz faz
bum
olha o sentido aí ó

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