domingo, 26 de abril de 2015

contracorrente

sair dos teus poros para escorrer-te
saber sabor por sobre seu ser

desejo parar de ter que querer

lanço-te agora ao mar
boto peso no teu corpo
pra afundar

meus olhos ainda percorrem aquelas paredes vazias
cada grão de areia desde a praia ao oceano
cada um de mim é cada ser seu

pronto estou pra escorrer com tu
já que a vida aqui desfalece pois
é hora dessas ruínas nos serem

sair do teu pulso como sangue
saber sabor por sobre seu sim ser

desejo parar de ter que sempre ter que

lanço-te agora ao fim do sem fim, sempre
boto peso no meu peito
pra suspender

meus olhos ainda percorrem aquelas memórias sujas de lindas
cada grão de areia desde a praia até minha casa
cada um de mim é cada ser só

pronto estou pra recolher cada gota salgada
já que a morte aqui nasce pra morrer pois
é hora dessas estruturas ruírem

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