quinta-feira, 23 de julho de 2015

desculpa

"estou triste tão triste. por que será que existe o que quer que seja?"
não quero sertão seco assim como deserto é cheio de areia.
me pergunto se acontece com você também, das vezes a saudade doer mais. 
equilibrando sobre duas facas, eu peço que me tirem a metafísica.  
deixa eu esvaziar você de culpa, é claro, é penumbra. 
sempre vem noite e com ela essa sensação ridícula incontrolável maciça e íntegra
de que "o lugar mais frio" é o meu corpo. 
tremendo de vontade de percorrer toda distância que tanto define meu pavor. 
distancia de que, de quem, de que lugar, de que segundo tempo? 
de mim!
estou triste, pouco triste, muito e tão triste, descolorindo. 
meu socorro é: inevitável quero evitar, sentir tanta tremedeira e o corpo frio, estático. 
minha lamúria é implosiva, desculpa por gritar tanto? desculpa. 


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