quarta-feira, 12 de agosto de 2015

desdobramento do instável

de manhã, e deliro.
estradas até mim, criança gorducha,
pele dilata como ferro em brasa.

de manhã, e deliro.
exercício de ultrapassar o teto.
é sem des esperar
há guiar-se pela razão,
há a fé razão! contrapartida.

pertenço a esfera do deixar.
ao menos ensaio, ou
medidamente, pertenço.
vez que decolo pra pousar
partir é de retorno.
inalo como quem expulsa.
e sigo de volta pro nada de onde saí.

esse escavar é o libertário de mim.
e assim tom pastel é minha tela.
enorme respirar meu sufoco.

ontem orientei o fluxo, e o vi!
ontem o vi, para além do fluxo.

sigo sem sono, sem boa
noite em tempo de luz demais.
estouro em tempo de implodir.
oxímoros
beijo novamente a estrutura do que vejo e
relampejo, ultrapasso, saio ileso e sem memória
de um tempo que nunca será.

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