aquele que agita sem onda, sem barco, sem balsa, sem lancha
ar que resolve agitar quando mais preciso horizonte, estático
perfurei ele, ar saindo curvando endireitando ocupando entre paredes
a estrutura de concreto, sem teto, a vegetação nela
meu corpo se enquadra nada, se camufla nada
aponto em direções, orientação e complexidade
aponto em vazio, em box, em azulejo oco
desmoronar ar ar ar ar
movimento da porta com braços, movimento da mesa
e ocupação, e o ar que furei agora na liberdade
da entrada da saída, a possibilidade da barriga
a onda agora é perdição, de novo o nada estático
e a onda e a balsa e a lancha onde é moleza o todo
o lugar ocupado pelo ar, pela pele, pelo osso: é puro desequilíbrio
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