domingo, 4 de janeiro de 2015

tu qué limão ou tu qué mate?

esperando a chegada imaginando a partida
a aproximação como um movimento de distanciamento 
mata trazer pensar perceber notar concluir inferir meu desejo, o privado, censurado, intocado, atrasado, camuflado, destroçado - esse fragmento de vontade é implosão sem ruído. 
perceber você, uma banca, um chiclete, umas frutas. 
desço subo, pago quantas vezes, quantas gotas de suor, tudo compensa, tudo escorrendo e a gente migrando temperaturas. 
uma aposta, uma moça, um mergulho, uma piscina do shopping. 
volto ainda vazio, migro assim, guardando mais proutro mais quesse. 
aproximação dois: distanciando, tu vem aqui tu vem aqui tu vem aqui, mais suor, mais gosto, mais desejo ainda mais, mais agradável beleza ainda mais, espuma, mãos, pés pernas paus. cinco minutos e alguns segundos.
nada e tudo, dilema. e sempre a coisa querendo ser coisa sabendo que é coisa já, e que outra coisa nada é além da própria coisa que é. 
tentando lembrar o momento zaz, trocou. ou só recebeu. a tal da hora minuto zaz que te dei e te recebi, que ficou fazendo falta, agora, devolve, manda de volta aos poucos, ta fazendo falta agora. 
foi você lá carregando esse zaz, dava pra ver de longe. 
fechei os olhos, fui seco, fui pensando no zaz, fechei a porta, aiaiai mais piso fora que dentro, que retorno estranho que volta ridícula, que exposição, que preciso de uma mão sua. 
subi descendo, do 9° pro 1°, e volto tentando captar seu cheiro, o rastro. 
cada vez mais me dou conta da palha pegando fogo, zaz, fogo mais que alastrando vai, tem palha nessa vida toda pra queimar até virar pó, só. 
colar da fortuna tem cheiro de vida, tem cheiro de vida tudo que tem cheiro de água de colônia com pele e colar, e cabelos e cor verde neles. 

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