quarta-feira, 16 de setembro de 2015

esses meses engolindo indefinidos

tratasede um ano de muita letra e poucas palavras. um quando da coisa preexistente a coisa mesma. sendo essa mesma um trem. um trem gigantesco, desses que se percorre, desses que pega do começo ao fim da cidade. tratasede um vagão vazio para brincar. é um ano de pó, de rir doendo. acordar querendo dormir, dormir dormir dormir uma canseira infinta. sabe quando não se sabe mais o que se sente, algo que toca e não se identifica se no braço, dedo do pé, um fundo da barriga parece nas costas. é um gesto vago, parece feito pro ano em que mãos apenas, tão e simplesmente, leite, mãos, as mesmas que tocam, que escrevem, que enxergam. tratasede um ano cambaleando dias poucas horas segundos nada apenas tênues, molecular, e vai foder foder porque essa fuderola codificada é antireferência antinterpretativa antigamente antievaporação. quero dormir o corpo parece natural da cama.

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